quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mil pés de altitude

E assim vou vivendo. Subindo as ruas do passado olhando-as num longínquo pretérito mais que (im)perfeito e descendo as vielas do futuro, perspectivando as suas improbabilidades. 

Fazes-me voar. Deixas-me a mil pés de altitude.

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Dentro de ti, olho a vida como um doce. Fora, é amarga.

Não creio que vá subir novamente aquelas ruas. De certo continuarei a desce-las até que o alcatrão me faça doer os calcanhares e, aí sim, pare de vez para voltar a sobrevoar-te e a perspectivar um futuro muito mais que perfeito.

É cinza a cor do nosso passado, tingida aqui e acolá com uma ténue mancha mais clara. Mas é cinza.


Outra vez te revejo, 
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...


P.S.: Fazes-me muita falta.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Soma

Tudo o que resta de ti, eu guardei.

Se preferia guardar-te a ti? sim. Claro que sim. Mas subtraíste-te. Subtraíste-te quando ainda julgava que te podia somar.

Basta-te de ti, de instinto.
Não entretenhas o tempo entre as coisas.
Talvez nunca percebas.
Talvez nunca te explique.
Talvez seja assim mesmo.
Talvez.

Hoje o nosso resultado é igual a 2, quando podia ser igual a 1.

Talvez um dia, por destino ou fatalidade, redescubras que o teu, é ainda o meu sorriso.



terça-feira, 21 de setembro de 2010

Heart

Os últimos dias têm sido do pior que se pode ter.
Chegar a casa e ver a mãe deitada no sofá por causa do acidente, ver o meu pai chegar a casa depois de um dia inteiro de trabalho, e ainda ter que tratar das lides domésticas e ver o meu irmão 2 ou 3 dias por semana, quando vivemos na mesma casa.
Passei muito tempo sozinho, por força das circunstâncias, nestes dias. Era quase insustentável assistir a todo este panorama, todos os santos dias. Mas acho que foi essa "solidão" e mais uns tantos sentimentos em cima do coração, que me fizeram tomar todas as atitudes que tomei naquela noite. Só eu sei o quão difícil foi encarar aquela situação. Mas fui capaz, e senti-me enorme por isso.
Foi tão bom voltar a sentir aquele calor, aquela ternura, aquele cheiro. Desejei que aquele beijo nunca acabasse.
Desde então, acreditei que ainda podia ser possível.
Mas não.
Ouvir aquele não foi demasiado doloroso.
Foste o melhor, e o pior que me aconteceu e hoje acho que desejei nunca te ter conhecido. Desculpa.
Acho que voltei a perder a capacidade de te falar nos olhos. Por enquanto não consigo.


P.S.Voltei a chorar por ti.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Regresso

Estive muito tempo ausente. Acho que deixei de escutar o que este amigo me dizia. Acho que ele é o único que me diz sempre aquilo que eu quero ouvir.

Ontem foi dia de regresso às aulas. 12º ano.
Foi um regresso diferente.
A trajectória que o ano passado sofreu, levou-me a iniciar este novo ano de uma forma diferente. Talvez o receio de voltar a cair, me tenha levado a ter esta actitude.


Podes sentar-te ao pé de mim. Falar, pois. Deixar o sol cair de velho numa noite a dar para o torto. A vida fez de nós o que deixámos. As maiores injustiças de que fomos alvo são crimes nossos também. Mas depois estamos os dois aqui. A falar. E aquilo que dizes parece simples, mas não tanto quanto as minhas deixas são banais. Fazer conversa, sim, mas que mal tem fazer conversa quando casais que muito se amaram já não encontram no lar mais do que afundarem-se no silêncio? Podes sentar-te aqui, ou ficar por aí mesmo, onde estás, resguardada do mundo, protegida de mim. Mas vai ligando, sim? Vai aparecendo para dizer olá. Faz conversa ou simplesmente finge que te preocupas como estou. Se vou bem. Se tenho alguém. Podes dizer a toda a gente que te fiz um passe mas que não marcámos golo. Fica-me bem por uma vez deixar que a defesa não seja o melhor ataque. E depois grita para aí que sou um desavergonhado, que deve andar muita fominha por esse mundo. Que queres que diga? Que é verdade? Podes sentar-te aí e falar. Estar um pouco comigo. Prometo não me apaixonar. Enquanto aqui estiveres, sabes, mal sinto a falta que me fazes.


P.S.1: Acho que ainda não desapareceste totalmente.
P.S.2: Fica-te comigo, sim?
P.S.3: "Muito mais é o que nos une, que aquilo que nos separa."


sábado, 21 de agosto de 2010

Oh Carol

Num dia destes ouvi esta música enquanto trabalhava.

Oh Carol , I Am But a Fool
Darling I Love Though You Treat Me Cruel
You Hurt Me And You Make Me Cry
But If You Leave Me I Will Surely Die

Darling There Will Never Be Another
'Cause I Love You So
Don't Ever Leave Me
Say You'll Never Go
I Will Always Want You For My Sweet Heart
No Matter What You Do
Oh Carol I'm Still In Love With You

Oh Carol I Am But a Fool
Darling I Love You
Though You Treat Me Cruel
You Hurt Me And You Make Me Cry
But If You Leave Me I Will Surely Die

Darling There Will Never Be Another
'Cause I Love You So
Don't Ever Leave Me
Say You'll Never Go
I Will Always Want You For My Sweet Heart
No Matter What You Do
Oh Carol I'm Still In Love With You

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Wish you were here

Hoje no trabalho, estava a apanhar algumas rosas, e tocou esta música.
Lembrei-me logo de ti.
I Wish you Were Here...
I miss you.

domingo, 18 de julho de 2010

Segredo

Posso dizer-te um segredo???
-Gosto de ti!


P.S. Não vás embora sem me despedir de ti, sim? Nunca se sabe se nos voltamos a ver, e assim fico de consciência tranquila.